domingo, 14 de junho de 2009

Um pouco de mim...

Creio que, dentro de todos, mora, adormecida a nostalagia pela beleza. (Rubem Alves)

"Sou apenas um caminhante
Que perdeu o medo de se perder
Estou seguro que sou imperfeito
Podem me chamar de louco
Podem zombar das minhas idéias
Não importa!
O que importa é que sou um caminhante
Que vende sonho para os passantes
Não tenho bússola nem agenda
Não tenho nada, mas tenho tudo
Sou apenas um caminhante
À procura de mim mesmo." (do Livro o Vendedor de Sonhos, Augusto Cury)

Sou a soma das minhas decisões.
A minha Vida é uma sucessão de acasos Felizes, vivo de pequenos desejos, grandes decisões, de encontros, paixões e um verdadeiro e incondicional Amor...

Não tenho dinheiro, possuo um pouco de crédito e uma certa (diria) criatividade no momento de consumir, aprendi à um certo custo, confesso, que para as coisas mais valiosas da vida não há necessidade de dinheiro.

Não são raras as vezes que para suportar a loucura do cotidiano tomo algumas doses extras de tenência; " É pois de saber que este fidalgo, nos intervalos que tem de ócio (que eram os mais do ano), se dava a lêr livros de cavalaria, com tanta afeição e gosto, que se esqueçeu quase de todo exercicio da caça, e até da administração dos seus bens, e a tanto chegou a sua curiosidade e desatino neste ponto, que vendeu muitos trechos de terra de semeadura para comprar livros de cavalarias que ler com o que juntou em casa quantos pôde apanhar daquele gênero..." (Dom Quixote, Cervantes)

Considero-me um tanto frustrado, porque não sou o santo como a minha mãe quer , e também como eu gostaria de ser.

Da vida carrego algumas certezas, os impostos, a morte, os amigos, e o amor.

Quanto aos impostos, me arrancam tudo, zombam de mim e ainda me chamam de contribuinte.

Sobre a morte, não tenho pressa que ela venha, mais quando vier, espero que eu possa dizer, veio tarde, demorou.... e o que restou de mim não sou eu, fui consumido durante a minha Vida.
"Nesse dia, não quero que digam: Eis que nesse túmulo repousa um homem rico, famoso e poderoso, cujos feitos estão nos anais da história. E nem que digam: Eis que jaz nele um homem ético e justo. Pois essa é mera obrigação. Mas espero que digam: Eis que nesse túmulo repousa um simples caminhante que entendeu um pouco o que é ser um ser humano, que aprendeu um pouco a ser apaixonado pela humanidade e conseguiu um pouco vender sonhos para outros passantes...."
e ainda... "quando eu for não quero ir com raiva, insatisfação, apego ou arrependimento. Eu quero ir como um pássaro que levanta vôo do topo de uma montanha. Quero ir como um espírito livre." (Lama Guelek Rinpoche)
Aprendi com a psicóloga Bel César, que a morte é um despertador que quer nos acordar para o significado da vida a todo momento.

Dos amigos, dou e quero lealdade. Os motivos que podem gerar lealdade: Culpa em relação a alguém, etapas comuns de desenvolvimento; sofrimento partilhado; alegria partilhada; solidariedade dos mortais; comunhão de opiniões; luta conjunta contra o exterior; forças e fraquezas comuns; necessidade mútua de proximidade; semelhança de gostos; ódio comum; segredos partilhados; fantasias e sonhos partilhados; entusiasmo partilhado; humor partilhado; heróis partilhados; decisões tomadas em comum; êxitos, insucessos, vitórias e derrotas comuns; decepções partilhadas; erros comuns."

E quanto ao amor, sinto que é verdadeiro e incondicional a stellinha....

das outras quase certezas, é que poderei viver alguns (muitos) anos, quem sabe uma das vidas, junto há uma pessoa, mas só vou conhecê-lá verdadeiramente, quando optar pela minha liberdade...

(Ildebrando Carvalho Ronsani)

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As mudanças são necessárias, claro, mas não se pode deixar de sentir um pouco de nostalgia - Afinal, ela é parte de nossa história. Sem essas lembranças é como se não existisse passado...

SEJAM BEM VINDO(S)!

Pedaços do caminho